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Saúde > Medula óssea

Medo e desinformação afastam possíveis doadores de medula
O Brasil tem hoje 2 milhões de pessoas cadastradas, considerando o tamanho da população Brasileira entre 18 e 55 anos, esse número deveria ser de  25 milhões
 

 

Atualmente, o Brasil ocupa o terceiro lugar entre os doadores de medula - atrás apenas dos Estados Unidos (5,2 milhões) e da Alemanha (3,5 milhões). Por aqui, são 2 milhões os doadores voluntários cadastrados.  “Esse número ainda é pequeno” afirma o produtor de eventos Guilherme Donâncio, pai do menino Arthur, 3 anos, que está à espera de um doador de medula óssea. “Com uma população desse tamanho, o Brasil tinha que ter 25 e não 2 milhões de doadores”, completa.

Entre 1984 e 2010, os transplantes de medula óssea cresceram 57,51% no país. A evolução no número de doadores deveu-se aos investimentos e campanhas de sensibilização da população, promovidas pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados, como o INCA. Essas campanhas mobilizaram hemocentros, laboratórios, ONGs, instituições públicas e privadas e a sociedade em geral. Desde a criação do REDOME, em 2000, o SUS já investiu R$ 673 milhões na identificação de doadores para transplante de medula óssea. Os gastos crescerem 4.308,51% de 2001 a 2009.  

A doação para o doador

Mas mesmo com tantos investimentos, as dúvidas sobre como é feita a doação prevalecem na hora de decidir por fazer, ou não, o cadastro. Solidários ao caso do Artur, o grupo Força do Bem, tem se empenhado em convencer as pessoas a irem ao hemocentro e se cadastrarem. “ Durante uma abordagem na porta da Instituição, um senhor disse que doaria sangue, mas não iria se cadastrar como doador de medula, porque não queria ter um osso cortado”, conta a voluntaria da Força do Bem Ana Paula Miguel.  “Essa dúvida é comum, independente do nível de instrução. Isso porque nenhuma campanha explica de fato quais os procedimentos para o doador”, conclui.

Doação sem cortes

A doação de medula é uma das únicas feitas sem corte. Em um hospital credenciado são realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 15%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde.

Vale lembrar que a medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso, que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas.

Líquido retorna ao volume original em duas semanas

Carol Basile, voluntária da Força do Bem, conta que outra dúvida que tem ouvido freqüentemente é: e seu eu doar agora, e no futuro meu filho ou irmão precisar, o que vou fazer? Carol explica que não existem motivos para esse medo, isso porque em poucas semanas, a medula óssea do doador estará inteiramente recuperada. “Você pode doar a medula para quantas pessoas compatíveis encontrar”

A doação de medula é um ato simples, rápido e sem contra indicação. O doador não precisa mudar os hábitos alimentares ou outros. O primeiro passo para se tornar um doador e salvar vidas é se cadastrar no hemocentro mais próximo, basta 5 mls de sangue e o preenchimento de um cadastro.

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