Saúde > Hipertensão
Hipertensão, doença típica de pessoas estressadas, pode comprometer órgãos importantes, como rins e cérebro
No dia 26, comemora-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Estilo de vida pode contribuir para desenvolvimento da doença
No dia 26 de abril, é comemorado o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hipertensão Arterial. A data faz um alerta sobre a doença que, segundo dados do Ministério da Saúde, atinge 35% da população acima de 40 anos. Até abril de 2009, a estimativa do órgão era a de que o mal atingia cerca de 3 milhões de brasileiros.
Hipertensão é a elevação da pressão arterial acima de 140/90 mmhg, a famosa pressão 14 por 9. A causa exata da doença ainda não foi definida. Sabe-se que o fator genético está presente, mas não é o único desencadeador do problema. “Quem vive estressado, alimenta-se mal, é sedentário, obeso ou tabagista apresenta um risco elevado de desenvolver a doença”, comenta ocirurgião cardiovascular, coordenador do setor de Cardiologia do Hospital Lifecenter, Ricardo Santiago.
Como o hábito de aferir a pressão arterial não é comum, muitos pacientes têm diagnóstico tardio. “Ao longo da vida, órgãos-alvo, como cérebro, coração e rins, são acometidos pela hipertensão e o paciente corre maior risco de ter doenças cardiovasculares, como infarto e derrame”, destaca Santiago. Medir a pressão é a forma de diagnosticar o problema. Por isso, o médico recomenda que o exame seja feito regularmente.
Segundo o Ministério da Saúde, mesmo quando não possui sintomas aparentes, a hipertensão arterial aumenta de forma expressiva o risco de doenças cardiovasculares, encefálicas e renais. Estima-se que 40% dos acidentes vasculares encefálicos e 25% dos infartos do miocárdio ocorridos em pacientes hipertensos poderiam ser prevenidos com terapia anti-hipertensiva adequada.
Para os casos mais leves de hipertensão, a receita é praticar exercícios físicos e manter uma dieta equilibrada. Diminuir o sal na comida também ajuda. “Se a pessoa não se cuida, não procura levar uma vida menos estressante, pode desenvolver um problema cardiovascular”, explica Santiago. Para os casos mais graves, é preciso recorrer a medicamentos —hoje, bastante avançados e com menos efeitos colaterais—, que só devem ser consumidos sob receita médica.
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