Saúde > Tratamento de esquizofrenia e transtorno bipolar
Chega ao Brasil primeiro medicamento sublingual para o tratamento de esquizofrenia e transtorno bipolar tipo I
Desenvolvido pela Lundbeck, Saphris é absorvido rapidamente pelo organismo, beneficiando principalmente pacientes em crise
A Lundbeck, empresa multinacional especializada em medicamentos para distúrbios psiquiátricos e neurológicos, anuncia o lançamento de Saphris (maleato de asenapina). O medicamento é indicado para tratamento agudo da esquizofrenia em adultos, para episódios de mania associados ao transtorno bipolar tipo I, e também como terapia adjuvante com lítio ou valproato no tratamento agudo dos episódios maníacos ou mistos associados ao transtorno bipolar tipo I. A administração do comprimido é sublingual, o que garante rápida absorção no organismo, diferentemente dos tratamentos atuais. Essa característica é importante para pacientes em crise, que geralmente se recusam a tomar qualquer tipo de medicamento.
"A esquizofrenia é um quadroclínico complexo e crônico, porém o tratamento com antipsicóticos melhora muito o prognostico da doença. No entanto nem todas as metas terapêuticas foram alcançadas no tratamento desta condição médica e, por isto, a chegada para o arsenal terapêutico do tratamento da esquizofrenia de um novo antipsicótico como Saphris, é sempre bem vinda”, afirmou Dr. Helio Elkis, Professor Associado do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina Universidade de São Paulo e Coordenador do Programa de Esquizofrenia (PROJESQ onde antipsicótico Saphris foi testado em um estudo clínico.
O registro de Saphris pela Anvisa está baseado no Pedido de Registro de Nova Droga que incluiu dados de eficácia de um programa de estudos clínico envolvendo 4.500 pacientes. No tratamento para esquizofrenia aguda, Saphris (5 mg duas vezes ao dia) demonstrou eficácia significante em relação ao placebo, já em transtorno bipolar I agudo, Saphris (10 mg duas vezes ao dia) reduziu de maneira significativa os sintomas de mania bipolar em relação ao placebo.
Sobre a esquizofrenia
A esquizofrenia afeta cerca de 24 milhões de pessoas em todo o mundo, e o transtorno bipolar cerca de 1% dos adultos. A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico crônico, muitas vezes incapacitante, caracterizado por alucinações, ilusões e pensamento desorganizado. A doença ocorre em todo o mundo, não havendo diferenças quanto ao sexo, classes sociais, entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, e entre áreas urbana e rural. Apesar de acometer igualmente os dois sexos, a idade de início no sexo masculino (entre 15 e 25 anos) é em média um pouco anterior a do sexo feminino (entre 25 e 35 anos). O início antes dos 10 anos de idade ou após os 50 anos de idade é extremamente raro. Nos últimos 60 anos, desde a introdução do tratamento com antipsicóticos, bem como de intervenções como psicoterapia e orientação familiar, observa-se grande melhora na perspectiva de vida dos pacientes, permitindo retorno à vida social, escolar e de trabalho.
Sobre o Transtorno Bipolar
O transtorno bipolar (também conhecido como depressão maníaca) é uma doença crônica, episódica, caracterizada por mania (episódios de humor exaltado, irritabilidade extrema, redução do sono e aumento da energia), depressão (sentimentos esmagadores de tristeza, ideação de suicídio), ou uma combinação de ambos. O transtorno bipolar é responsável por um quarto de todos os transtornos do humor.
Além disso, tem sido associado com alto risco de mortalidade. Aproximadamente 25% dos pacientes com transtorno bipolar tentam suicídio em algum momento de suas vidas e 11% desses pacientes morrem em consequência disso. De forma geral, os transtornos do humor são mais prevalentes entre pessoas do sexo feminino do que no sexo masculino. Algumas hipóteses para explicar esse fato seriam representadas pelas diferenças hormonais, estressores e modelos comportamentais diferentes para os sexos. Os episódios maníacos são mais comuns em homens e os depressivos nas mulheres. Quando os episódios maníacos ocorrem em mulheres, geralmente se apresentam como quadros mistos (mania e depressão simultaneamente).
Sobre a Lundbeck
Fundada em 1915 por Hans Lundbeck em Copenhagen, Dinamarca, a Lundbeck é uma farmacêutica multinacional altamente empenhada em melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem de distúrbios psiquiátricos e neurológicos. A empresa desenvolve medicamentos para o tratamento de depressão e ansiedade, transtornos psicóticos, epilepsia e doenças de Huntington, Alzheimer e Parkinson. Com mais de 6.000 funcionários em todo o mundo, a farmacêutica é uma das principais empresas no mundo que pesquisa e comercializa medicamentos para transtornos mentais. Em 2011, a receita da empresa foi de 16,0 bilhões de coroas dinamarquesas (cerca de EUR 2,1 bilhões ou US$ 3,0 bilhões). Para mais informações, visite www.lundbeck.com.br.
Transtorno Bipolar
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O transtorno bipolar (TB) do humor, também conhecido como distúrbio bipolar, é uma doença caracterizada por episódios repetidos de mania e depressão.
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O TB tipo I, considerado clássico, apresenta fases de depressão e de mania bem divididas e ocorre em 1% da população. Entretanto, a alternância desses quadros não obedece a padrões ou intervalos definidos em grande parte dos pacientes.
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Em casos mais brandos, a prevalência do TB pode chegar a 8% da população, segundo estimativas da Associação Brasileira de Distúrbio Bipolar.
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50% dos portadores apresentam pelo menos um familiar afetado pela doença
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O paciente passa aproximadamente dois terços do tempo na fase depressiva e os sintomas, que incluem tristeza prolongada, perda de energia, letargia e ideias de suicídio, geralmente são mais debilitantes que os de euforia.
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Na fase maníaca, os sintomas abrangem aumento da energia e atividade, inquietação, humor eufórico, irritabilidade extrema, pensamento acelerado e sensação de onipotência.
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Aproximadamente 25% dos pacientes com transtorno bipolar tentam suicídio em algum momento de suas vidas e 11% desses pacientes morrem em consequência disso.
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De forma geral, os transtornos do humor são mais prevalentes entre pessoas do sexo feminino do que no sexo masculino. Algumas hipóteses para explicar esse fato envolvem as diferenças hormonais, estresse e modelos comportamentais diferentes para os sexos.
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Os episódios de mania são mais comuns entre os homens e os depressivos nas mulheres. Quando os episódios maníacos ocorrem em mulheres, geralmente se apresentam como quadros mistos (mania e depressão simultaneamente).
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O diagnóstico do transtorno bipolar é feito por meio de consulta clínica em que o médico analisa os sintomas dos pacientes. Geralmente, o paciente bipolar passa dois terços do tempo em depressão, o que pode levar ao diagnóstico incorreto de depressão.
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Pesquisas apontam que 69% são diagnosticados como depressivos e demoram até 10 anos para descobrir que são bipolares, o que muitas vezes os leva a receber um tratamento inapropriado durante anos.
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O transtorno bipolar é subdiagnosticado não só por se confundir com outras doenças, mas também em razão do estigma social em torno dessa condição.
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Muitos pacientes não fazem o tratamento adequado ou param de tomar os medicamentos por diversos motivos, entre elas o aumento de peso provocado pelos remédios, o preconceito dos amigos e familiares, a falta de orientação e ajuda de alguém próximo, entre outros.
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Os antidepressivos, amplamente utilizados para tratar depressão maior, não são aprovados pelo FDA para tratar depressão bipolar, uma vez que podem desestabilizar o humor e induzir o quadro de euforia. Quando administrados isoladamente, os antidepressivos podem desencadear um episódio de mania em 49% dos pacientes bipolares.
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O tratamento mais comum para a fase de euforia é à base de estabilizadores de humor. Apesar de seus benefícios serem mais evidentes para o controle da euforia, são administrados tanto nas fases de mania quanto de depressão bipolar. Um estudo publicado no American Journal of Psychiatry mostrou que o estabilizador de humor mais usado, o lítio, registra redução progressiva da adesão ao tratamento, o que prejudica os resultados clínicos.
Esquizofrenia
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A esquizofrenia caracteriza-se essencialmente por uma fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento. Trata-se de uma doença crônica, caracterizada por alucinações, ilusões e pensamento desordenado, entre outros sintomas psicopatológicos, como ansiedade e depressão.
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No centro do problema está a dopamina, neurotransmissor associado às sensações de prazer e de recompensa e que é encontrado em uma das regiões cerebrais mais profundas: o mesencéfalo. Nas pessoas saudáveis, a dopamina é liberada em quantidades equivalentes para os lobos frontal e temporal – sendo que o primeiro é responsável pela elaboração do pensamento, e o segundo, pela percepção e pela memória. O cérebro do paciente com esquizofrenia, contudo, funciona como se houvesse menos dopamina no lobo frontal e mais no lobo temporal. Essa falta provoca apatia e lentidão de pensamento. Já o excesso de dopamina na região temporal provoca delírios e alucinações. Essas duas falhas contribuem para o aparecimento dos sintomas da doença.
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Não é possível determinar a frequência das crises, que podem acontecer uma ou diversas vezes na vida do paciente. Porém, em apenas 15% dos casos não acontece um segundo surto. Os outros 85% têm crises recorrentes. Um surto não tratado pode durar mais de um ano, enquanto aqueles que têm o acompanhamento adequado duram apenas dias. Somente casos em que os pacientes respondem mal aos medicamentos podem durar mais, chegando a até 10 meses.
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A esquizofrenia, por definição, é um transtorno neurodesenvolvimental, o que significa que ele se inicia quando o bebê ainda está sendo formado dentro do útero. Porém, apesar de tão precoce, a doença só é identificada na adolescência ou na fase adulta, pois é preciso que o cérebro amadureça para que os sintomas se manifestem.
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Em geral, a doença aparece nos homens entre os 15 e 20 anos e nas mulheres entre os 20 e 25 anos. Apesar da existência de características hereditárias genéticas que colaboram para a doença, elas não são determinantes. Essa concordância é de apenas 50. Para quem não tem parentes esquizofrênicos, o risco de ser portador da doença é de 1%.
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Aproximadamente 1% da população mundial possui este transtorno, percentual que se repete no panorama nacional. A cada ano 56.000 novos casos são diagnosticados no Brasil.
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Antigamente, acreditava-se que as drogas não tinham influência na manifestação da esquizofrenia, apenas provocavam sintomas parecidos com o da doença. Contudo, estudos genéticos recentes já comprovam que o uso crônico da maconha pode colaborar para o seu desenvolvimento, dependendo do tipo de polimorfismo genético que o usuário possui.
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Não existe cura para esta doença. Com a evolução da terapêutica para esquizofrenia, os pacientes passaram a ser tratados em ambulatórios e as internações, quando ocorrem, acontecem nos episódios psicóticos, quando o paciente não pode ser tratado em casa. O uso de antipsicóticos reduz significativamente o risco de internações.
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O paciente esquizofrênico tratado adequadamente e precocemente consegue se reinserir na sociedade, trabalhar e levar uma vida normal.
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