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Honda Automóveis do Brasil é a primeira fabricante de veículos a investir na produção de energia eólica no País
Empresa construirá parque eólico na cidade de Xangri-lá, no Rio Grande do Sul, para produzir energia limpa que suprirá toda a demanda da fábrica de automóveis.
A Honda Automóveis do Brasil (HAB) anuncia a construção de um parque eólico na cidade de Xangri-lá, no Rio Grande do Sul, que irá suprir toda a demanda de energia de sua fábrica de automóveis, localizada na cidade de Sumaré (SP). A iniciativa, inédita entre as fabricantes de automóveis presentes no País, receberá investimento inicial de R$100 milhões. Para a operação do parque eólico, que iniciará as operações em setembro de 2014, foi criada a Honda Energy do Brasil, que será subsidiária da HAB e cujo presidente será Carlos Eigi Miyakuchi, atual diretor executivo da fábrica de automóveis.
A energia será produzida por nove turbinas de 3MW, com capacidade instalada de 27MW. Isto representará a geração de 95.000 MWh/ano, o equivalente ao consumo de cidades como Aparecida e Barra Bonita (SP), com população estimada em 35 mil pessoas. Após a entrada em operação do parque eólico, a Honda deixará de emitir cerca de 2,2 mil toneladas de CO2 por ano, o que representa aproximadamente 30% do total gerado pela fábrica, que possui capacidade instalada para a produção de 150 mil carros por ano.
A iniciativa representa o primeiro investimento da Honda no mundo em uma estrutura para suprir a demanda de energia de toda uma unidade fabril. Recentemente a Honda Transmission Mfg. of America, Inc. (EUA), anunciou planos para instalação de duas turbinas para geração de energia eólica até o final de 2013 em sua unidade localizada em Russells Point, Ohio, porém as turbinas deverão suprir 10% da energia elétrica consumida pela fábrica.
A cidade de Xangri-lá foi escolhida pela equipe de sustentabilidade a HAB, após visitas a quase 30 locais, por sua logística privilegiada, disponibilidade de ventos, infraestrutura já instalada, além de rede de transmissão e subestação a 1 km do parque eólico.
"Este investimento equivale a receber um selo que atesta as excelentes condições que o Rio Grande do Sul oferece para projetos de relevância econômica e também ambiental. Além de ostentar uma marca de expressão mundial como a Honda, o empreendimento que Xangri-lá abrigará representa mais um avanço da política industrial do Governo do Estado, que tem na energia eólica um dos setores estratégicos preferenciais", diz o Secretário do Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Estado do Rio Grande do Sul, Mauro Knijnik,
Segundo Eigi, presidente da Honda Energy, o principal motivo para o investimento será o retorno socioambiental, que faz parte do compromisso global da empresa com a sociedade. "Desde que iniciou a produção no Brasil, em 1976, a Honda tem se empenhado em contribuir com a sociedade local, trabalhando constantemente para minimizar os impactos ambientais de suas atividades. Após inúmeros estudos concluímos que a energia eólica apresenta excelentes resultados ambientais, pois não gera CO2 durante a sua produção e é uma excelente alternativa no Brasil. Com isso, estamos também nos adequando à meta estabelecida pelo presidente mundial da Honda Motor Co. Ltd., Takanobu Ito, de reduzir em 30% as emissões de CO2 até 2020", explica.
Mundialmente a Honda estabeleceu metas voluntárias para reduzir o impacto ambiental de seus produtos e operações até 2020. Isto inclui a redução de 30% das emissões de CO2 de seus automóveis, motocicletas e produtos de força, e também de seus processos produtivos, comparado com os níveis de 2000. Assim, além dos constantes investimentos em produtos, o parque eólico é uma das diversas iniciativas que a empresa vem realizando ao redor do mundo com o objetivo de reduzir o consumo de energia e desperdícios em suas unidades fabris e administrativas.
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