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Saúde > Aumenta casos de Coqueluche no país

Aumento dos casos de coqueluche preocupa especialistas
 
Reforço de vacinas em adolescentes, jovens adultos e gestantes é fundamental para controle de doenças
 


O Brasil registrou um expressivo aumento de 97% dos casos confirmados de coqueluche em 2012, conformem dados do Ministério da Saúde, sendo 4.453 no ano passado, contra 2.258 casos confirmados em 2011, com um alto número de óbitos, sendo 74 crianças com menos de seis meses de vida. 

A obstetra e diretora da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), Inessa Beraldo, afirma que se trata de números alarmantes e que reforçam a necessidade que a cobertura das vacinas seja estendida e realizada de forma permanente para evitar a proliferação de diversas doenças, como coqueluche - uma doença infectocontagiosa aguda do trato respiratório transmitida pela bactéria Bordetella pertussi e que pode evoluir para quadros mais graves com complicações pulmonares, neurológicas, hemorrágicas e, até, morte.

A médica alerta que a vacinação contra a coqueluche aumentou, substancialmente, nas duas últimas décadas, mas, a doença ainda persiste como um preocupante problema de saúde pública, ocorrendo na forma endêmica e epidêmica, mesmo nos países, cujas coberturas no primeiro ano de vida são superiores a 95%.

“O que é preciso alertar é que a vacinação não leva à imunidade permanente e, a ausência de reforços imunitários em adolescentes e adultos jovens, contribuiu para elevar o número de casos. Esse grupo apresenta a doença com poucos sintomas e passa a ser responsável pela sua disseminação na população mais suscetível, que são os recém-nascidos. Outro fator importante para o aumento dos casos e das mortes entre bebês é a menor transmissão de anticorpos por via transplacentária, consequência da queda dos níveis de anticorpos na população de adultos jovens”, explica Inessa.

A especialista explica que a imunização é tão importante, até mesmo durante a gestação, por reduzir os riscos para o feto e o recém-nascido, prevenindo a transmissão vertical de infecções durante o parto e possibilitando a transferência de maior quantidade de anticorpos para o feto para garantir a imunidade desde o primeiro ano de vida. Deve-se ainda lembrar que o puerpério, período pós-parto, é uma oportunidade excelente para prevenir e orientar a mulher que é seguro receber as vacinas logo após o parto, mesmo quando está amamentando”, destaca.

A coqueluche é a 5a causa de morte em menores de cinco anos, atingindo em sua maioria, bebês de 2 a 4 meses de vida. A vacina dTpa (difteria, tétano, pertussis) é inativada, portanto, sem evidências de riscos teóricos para a gestante e o feto e indicada nessa fase, sendo recomendado após a 20a semana de gestação.

A vacinação é considerada também uma estratégia mais eficaz na prevenção da transmissão da doença para o recém-nascido.

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