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Saúde > Obesidade infantil

Obesidade infantil é um dos principais problemas de saúde pública do século  
OMS estima que 42 milhões de crianças estejam com sobrepeso em todo o mundo; Brasil se destaca negativamente nas estatísticas

 

A epidemia de obesidade revela números assustadores. A Organização Mundial da Saúde (OMS) contabilizou 42 milhões de crianças obesas ou com sobrepeso em todo o mundo. No Brasil, o número não é menos espantoso. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12% a 17% das crianças brasileiras entre 5 e  9 anos têm índice de massa corporal - relação entre peso e altura - acima de 30. Horas na frente do computador e televisão, má alimentação e hábitos sedentários são os principais fatores para que esse quadro se agrave.

Mais do que pequenos gordinhos, essas crianças podem se tornar adultos com graves problemas de saúde e autoestima. A nutricionista do Instituto Mineiro de Obesidade, Ana Paula Meireles, esclarece que a obesidade está diretamente ligada a fatores comportamentais, ambientais, psicológicos e biológicos da criança porque o perfil da família deve ser considerado. Quando a família propicia e ou estimula a criança à hábitos alimentares e estilo de vida saudáveis, as chances de desenvolver o sobrepeso e a obesidade são minimizadas significativamente, e, isso certamente refletirá de maneira positiva em sua vida adulta”, afirma.

A obesidade infantil é mais presente nos países em desenvolvimento, como o Brasil. O poder de compra aumentado e o acesso facilitado a itens industrializados, alimentos minimamente processados, ricos em gorduras e sódio e pouco nutritivos podem ser apontados como algumas razões para que 35 milhões de crianças estejam acima do peso nessas nações.

“A escola exerce um papel fundamental nesse contexto, não apenas ofertando alimentos saudáveis em suas cantinas, conforme lei aprovada recentemente, mas também fomentando a informação e a reflexão sobre a qualidade de vida”, ressalta Ana Paula.

Mais de 40% dos estudantes entre 6 e 18 consomem guloseimas e fast food pelo menos cinco dias por semana; 60% duas vezes e 35% ingerem salgados e refrigerante quase todos os dias, conforme dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Por outro lado, 21% dos entrevistados nunca comem frutas frescas e 11% nunca se alimentaram com hortaliças.
 

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