TENDÊNCIAS EM QUALIDADE E PRODUÇÃO AUXILIAM CRESCIMENTO DAS EMPRESAS
Seminário gratuito no dia 6 de outubro discute “Gestão da Produção e Qualidade: as boas práticas de gestão nas organizações”
A falta de produtividade é o drama fundamental da economia brasileira. A frase é originalmente atribuída à área social, mas ganha conotações relevantes no sentido econômico. A ligação entre produtividade e qualidade muito se relaciona à cultura organizacional, e, no caso brasileiro, aos problemas de falhas estruturais, sistemas burocráticos e elevada carga tributária. Apesar disso, algumas organizações têm despontado no setor nacional pelas iniciativas de aliar os dois critérios. O desafio é estender esses valiosos conceitos para empresas de diferentes portes e segmentos.
Para o coordenador acadêmico e professor do MBA de Gestão da Produção e Qualidade da FGV/Faculdade IBS, José Carlos Abreu, a gestão estratégica empresarial eficaz e eficiente é um dos pilares que sustentam a qualidade e, junto à sustentabilidade, ética e produtividade, é responsável pelo adequado processo gerencial que permite vencer as barreiras e melhorar a qualidade. “Quanto maior for o número de produtos e serviços produzidos com a mesma qualidade, porém com custos menores, mais a empresa é considerada produtiva. Ou seja, o ideal é fazer uma quantidade maior, mais rápido e com menor custo. É importante compreender que não existe um processo ideal quando o assunto é cadeia de produção. O método envolve a postura, a cultura empresarial e o produto em si. Contudo, é tendência que essas cadeias sejam cada vez mais integradas e se comuniquem de forma direta e sem intermédios burocráticos”, explica Abreu.
Os sistemas de tecnologia da informação têm um importante papel no que tange à melhora, eficiência e eficácia do gerenciamento dos processos. “Pensar e desenvolver softwares que sejam coerentes às necessidades, que ofereçam ferramentas de sistematização e que administrem a relação entre produção e qualidade são quesitos fundamentais para a produção de relatórios. Apesar das facilidades que esses sistemas oferecem, é o gerenciamento humano que faz toda a diferença. Capacitar os profissionais operacionais e executivos é a melhor alternativa para otimizar as rotinas. Os colaboradores devem ser impulsionados a buscar elevados níveis de excelência, que fundamentalmente passam pelas academias”, afirma. “Entender a formação técnica como um processo contínuo, passando pelo aprendizado de outras línguas, treinamentos práticos e obtenção de títulos”, acrescenta Abreu.
Abreu explica que o Estado precisa contribuir para o adequado desenvolvimento e equilíbrio produtivo. “O acesso a portos, aeroportos e rodovias; a cobrança de impostos e tarifas com valores justos e a concessão de licenças, alvarás e permissões para indústria, comércio e varejo sem processos burocráticos são fatores que colaboram significativamente para que determinadas localidades sejam mais propícias ao desenvolvimento de negócios. Em contrapartida, as cidades que sediarem essas empresas colhem os benefícios econômicos e sociais como a geração de empregos, recolhimento de impostos, incremento do comercio local, geração de riqueza, em especial, com os incentivos de qualificação de mão de obra local”, orienta.
Pensando nessa necessidade da gestão com qualidade, a Faculdade IBS/Fundação Getulio Vargas promove o seminário “Gestão da Produção e Qualidade: as boas práticas de gestão nas organizações” no dia 6 de outubro, às 19 horas. O evento será conduzido pelo professor do MBA de Gestão da Produção e Qualidade e por especialistas de renome no mercado, como a consultora organizacional, Tânia Mara Costa Leite; Rômulo Provetti, da Assessoria de Planejamento e Gestão Estratégica da CEMI; e a coordenadora dos comitês de gestão da Vale, Ana Carla Pessoa, irão participar do evento. Serão abordados temas como o perfil do gestor da qualidade, gestão nas organizações e sistema de produção. O seminário irá acontecer na av. Prudente Morais 444. As inscrições são gratuitas.