PROGRAMAS DO GOVERNO FEDERAL ESTIMULAM BUSCA PELA PROFICIÊNCIA EM INGLÊS
Expectativa é que mais de mil estudantes tenham oportunidade de estudar no exterior até o final do ano através do “Ciência Sem Fronteiras”
A demanda por cursos preparatórios para adquirir proficiência em inglês cresceu exponencialmente no último ano devido aos programas do Governo Federal que exigem o conhecimento do idioma, como o Enem e o “Ciência Sem Fronteiras”. Há três anos em vigor, o programa que oferece bolsas de estudos para o exterior concebeu 83,2 mil bolsas para alunos de 1,1 mil municípios estudarem em 43 países. Segundo o governo, a meta de conseguir 101 mil bolsas de estudo até 2015 será concluída ainda neste ano. Já o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) recebeu 8.721.946 inscrições para realização da prova nos dias 8 e 9 de novembro. Esse número representa um aumento de 21,6% em relação ao ano passado, que contou com 7,17 milhões.
A gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da rede de franquias Number One, Ana Regina Araújo, explica que a internacionalização do mercado, a globalização da economia e a evolução dos recursos tecnológicos fizeram com que o inglês passasse a ser adotado como idioma universal. Por isso, o domínio na língua está sendo cada vez mais requisitado em programas do Governo que incentivam a educação. “A fluência em inglês é responsável por abrir as portas do mercado de trabalho devido a esse novo perfil. Nesse caso, o aprendizado passa a ser cobrado no período de formação, ou seja, nas escolas e nas faculdades”, aponta.
As questões de Linguagens e Códigos da prova do Enem contam com 40 questões de literatura, interpretação de textos e gramática, sendo cinco itens relacionados à língua estrangeira (espanhol ou inglês). Para Ana Regina, o candidato que quer ter uma boa pontuação na prova precisa de uma excelente capacidade de interpretar textos na língua escolhida. Para isso, um amplo conhecimento de vocabulário e do uso da língua é imprescindível.
Já no caso do programa “Ciência sem Fronteiras” é fundamental que todos os alunos que pretendem estudar fora do país tenham certificados como o TOEFL (Test of English as a Foreign Language) e o TOEIC (Test of English for International Communication). “Sem a aprovação nesses exames os alunos não podem se matricular em universidades americanas, por exemplo. A preparação então se torna um ponto essencial porque o teste exige Um maior conhecimento linguístico por parte dos candidatos. A rede nacional de franquias Number One prepara, por semestre, uma média de 400 alunos”, pontua.
Aluna do Number One há mais de 10 anos, Adriane Matos, de 19 anos, acredita que a fluência em inglês sobrepôs a necessidade de entender filmes, livros e se comunicar com turistas. Recentemente, a estudante de engenharia metalúrgica se inscreveu no programa “Ciência sem Fronteiras” e aguarda ansiosamente o resultado que deve ser divulgado em janeiro. “Acredito que o inglês se tornou um idioma necessário para todas as ações do dia a dia. Com o tempo, as minhas experiências reforçaram esse conceito. Realizei um intercâmbio para o Canadá aos 16 anos e, atualmente, trabalho como guia de visita em uma multinacional. O inglês foi uma ferramenta indispensável nessas duas situações. Tive a confirmação de que a proficiência na língua é importante ao realizar o exame do TOEFL, exigência para quem opta ir para os Estados Unidos, já que o exame requer um grande conhecimento”, explica.
O estudante de engenharia mecânica, Bruno Sbraletta, 22 anos, está há um mês em Adelaide, na Austrália, também pelo programa “Ciência sem Fronteiras”. Sbraletta conta que ele estudou inglês no Number One por mais de três anos e tirou o certificado de proficiência TOEFL para entrar na UniSA- University of South Austrália. “O conhecimento que aprendi no curso foi fundamental para conseguir essa bolsa de estudo. É muito interessante comunicar com pessoas de diferentes países por meio do inglês”, explica.
Sbraletta explica que a experiência está sendo incrível e uma oportunidade para aprimorar o inglês, conhecer outras culturas e estudar em uma das melhores universidades consideradas entre as melhores do mundo. “Com pouco mais de um mês na Austrália avalio esse conhecimento como positivo, tanto profissionalmente quanto pessoalmente”, ressalta.