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TERCEIRA ETAPA DE VACINAÇÃO CONTRA HPV COMEÇA AMANHÃ
Objetivo é imunizar brasileiras entre 9 e 13 anos

A terceira etapa de vacinação contra o HPV começa amanhã, 3 de março. A partir deste ano, a imunização vai alcançar meninas de 9 a 11 anos e mulheres de 14 a 26 anos com o vírus da Aids. A imunização é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e iniciou-se em março de 2014, gratuitamente para meninas de 11 a 13 anos. As crianças e adolescentes podem tomar as doses quadrivalentes de imunização gratuita contra o papilomavírus humano, o HPV, durante todo o ano nos postos de saúde brasileiros. O objetivo do Governo Federal é imunizar meninas com três doses da vacina.
Em 2009, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou a vacinação contra o Papiloma Vírus Humana (HPV) como rotina e sugeriu que a população-alvo primária fosse entre 9 a 13 anos de idade. A vacina contra o HPV tem sido adotada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização. Conforme o Ministério da Saúde, no ano passado, mais de quatro milhões de meninas foram vacinadas com a primeira dose, em três meses de campanha, número que representa cerca de 84% do público-alvo total, formado por cinco milhões de adolescentes. Na segunda etapa, mais de 2,2 milhões de meninas tomaram a segunda dose, 45% do público-alvo, formado por 4,9 milhões de meninas de 11 a 13 anos.
Estimativas mundiais apontam aproximadamente 530 mi casos novos e 265 mil mortes por câncer de colo de útero ao ano, sendo 88% desses óbitos nos países em desenvolvimento. Em todo mundo, este tipo de câncer é a terceira causa de morte entre mulheres. O presidente da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), Aguinaldo Lopes da Silva Filho, afirma que estender a imunização para as meninas de 9 anos é uma forma consciente de ampliar a prevenção contra a doença na pré-adolescência. “É importante que a vacinação ocorra antes da iniciação sexual das meninas, pois assim elas estarão imunes ao HPV”, observa.
O especialista explica que o HPV é um importante problema de saúde pública devido à alta incidência e mortalidade. No Brasil, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais frequente entre mulheres e faz, por ano, 5264 vítimas fatais. Em 2014, as estimativas foram de 15,3 novos casos. A previsão de novos casos de câncer de colo de útero para 2014/2015 em todo país é de 15 mil. Durante a campanha houve casos pontuais de reações adversas, todos eles foram pronta e devidamente investigados para verificar relação de causalidade e até o momento não houve qualquer sinal de preocupação em relação à segurança da vacina contra o HPV. No entanto, todas as evidências, conforme salienta o relatório de segurança da OMS de março de 2014, reforçam o perfil de segurança da vacina contra o HPV, com mais de 180 milhões de doses distribuídas em todo o mundo. “Até o momento, não há nenhuma comprovação de que a vacina cause dano ou eventos adverso sistêmico grave à saúde. As alegações de danos provenientes da vacinação baseadas em fraca evidência podem levar a um prejuízo real, pois acabam resultando na suspensão do uso de vacinas seguras e eficazes”, explica Lopes.
 Para o presidente, embora a ação seja importante na luta contra o câncer, a vacina não deve dar a sensação de proteção total e ser tomada como único método de prevenção, sendo o primeiro passo de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. Ela não substitui o rastreamento pela citologia oncótica ou a utilização de preservativo nas relações sexuais.
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