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ADOLESCENTES NA ACADEMIA
 
Nos dias atuais, é comum adolescentes frequentarem a academia na tentativa de ficar com o corpo perfeito. É na adolescência que meninos e meninas estão formando sua identidade e corpo e, por isso, a grande preocupação com a aparência. Mas todo cuidado é pouco quando o assunto é perder peso ou definir os músculos.
 
Pesquisas realizadas pelo Instituto Central do Hospital das Clínicas de São Paulo, com adolescentes entre 11 e 18 anos, mostraram que 47% deles já tinham feito algum tipo de dieta alimentar; e que 5% fizeram uso de algum medicamente para perder peso.
 
Como os jovens estão começando a frequentar as academias cada vez mais cedo, os pais devem estar alertas para o fato de que todos os exercícios na academia devem ser orientados por um profissional. Ainda que especialistas recomendem aos adolescentes esportes como vôlei, futebol e natação, em alguns casos a musculação pode ser vantajosa, mas, claro, com a orientação de um especialista.
 
Estudo da Universidade de Granada, na Espanha, confirma o efeito benéfico dos exercícios de força na prevenção do diabete. Após avaliar mais de mil voluntários entre 12 e 18 anos, os cientistas descobriram que músculos bem condicionados facilitam o trabalho da insulina, a responsável por tirar açúcar da circulação e colocá-lo dentro das células.
 
De acordo com Igor Salomão Ravaiani, educador físico da Bodytech Savassi, vários fatores devem ser levados em conta antes de escolher uma atividade física. “Um fator primordial é a escolha por uma atividade que gere prazer, pois assim o adolescente a fará por um longo período. O ideal é que na rotina desse jovem haja atividades como esportivas como o futebol, basquete, vôlei, dança, lutas e uma atividade que gere resistência de força como a musculação. Atualmente, temos dentro das academias de ginástica algumas aulas coletivas voltadas para os adolescentes que também são ótimas opções”, comenta.
 
Os exercícios físicos são sempre acompanhados dos ganhos físicos e emocionais. Na fase da adolescência, por exemplo, eles trazem uma série de benefícios, como a melhora da composição corporal, postura, relacionamento social, melhora da auto-estima e superação dos problemas. “Atividade física ensina os jovens a terem mais disciplina e responsabilidade, além de mantê-los afastados das drogas e da obesidade. São muitas as vantagens dos exercícios físicos na fase da adolescência. Portanto, o jovem precisa ser incentivado a praticá-los. Quanto mais cedo eles começarem, terão menos tempo de serem pessoas sedentárias, o que não faz nada bem para a saúde”, reforça o educador.
  
 
No aspecto fisiológico, não há fatores que limitem uma criança a praticar a musculação, portanto não há uma idade mínima recomendada. “Evidentemente, o professor de educação física responsável pela montagem do programa de treinamento desta criança/adolescente deverá fazer as adaptações necessárias a idade. Daí se dá a importância dos pais se informarem quanto à formação do profissional”, completa Igor.
 
Os pais também devem estar atentos a alimentação desses adolescentes que desejam emagrecer ou ganhar massa muscular. De acordo com a nutricionista do spa Bella Donna, Sílvia Sabino, o padrão alimentar dos jovens está muito aquém do esperado. “Eles tendem a omitir refeições, estabelecem associações distorcidas entre valores calóricos e nutritivos, além da frequência em fast-foods”, comenta.
 
A nutricionista ainda indica que é necessário o consumo de no mínimo dois litros de água por dia, não ficar mais de três horas sem se alimentar, evitar gorduras, comidas calóricas e doces, aumentar a ingestão de frutas, verduras e legumes e dar preferência para alimentos integrais.
 
Sílvia Sabino afirma que hoje existem muitos garotos que estão buscando suplementos para ganhar massa e que o acompanhamento com especialista é essencial nesse momento. “Se o suplemento não foi prescrito por um nutricionista já é um mal começo e a chance de não atingir o objetivo aumenta. O melhor para saber se as dosagens estão sendo excessivas,adequadas ou suficientes é através de análise de exames de sangue antes e durante o acompanhamento nutricional para verificar como o corpo está lidando com a dieta e dessa forma os ajustes podem ser feitos muito mais precisamente, sem risco a saúde do paciente e com o resultado esperado” pontua Sílvia.
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