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MÚSICA COMO NEGÓCIO
Olhar empreendedor é fundamental para tornar a paixão pela música uma forma de sustento
 
O setor musical tem se desenvolvido com as grandes produções de eventos musicas, o comércio de discos e as casas de show. O Brasil tem realizado diversos eventos que atraem turistas e movimentam rendas locais. Conforme dados do Ministério do Turismo, o país é o segundo maior no ranking do mercado de shows na América Latina, atrás apenas do México. Segundo pesquisa Global Entertainment and Media Outlook 2014-2018, da consultoria PwC, o mercado de shows no país, que em 2013 gerou R$ 357 milhões, pode passar para R$ 496 milhões em 2018. O músico Bruno Tonelli ressalta que esse é um bom momento para que os grupos percebam a importância do olhar empresarial para a música. “Com planejamento, os músicos conseguem alternativas para transformar o trabalho musical em negócio, adquirindo reconhecimento e sustentabilidade”, afirma.

De acordo com Tonelli, a logística e os custos reais do mercado são aspectos que devem ser pensados pelos artistas na hora de definir valores. “Para realizar um show há custos para os músicos, por exemplo, de transporte, estadia, alimentação e a isso deve ser acrescentado o cachê do grupo que será a economia salva para a continuidade da carreira. Quando os gastos são calculados e expostos ao contratante, a negociação se torna justa e nenhum dos lados fica no prejuízo. O artista deve se valorizar e procurar formas de entender o funcionamento de uma empresa para gerir a própria carreira”, acrescenta.

O músico comenta ainda que reconhecer as qualidades e talentos de cada indivíduo dentro do conjunto é importante para o desenvolvimento geral. “No início de toda carreira, a parte financeira é mais escassa e pode não ser possível contratar vários profissionais para cada função. Mas quando a gestão financeira, produção, criação e outras funções que envolvem uma banda têm seus responsáveis, as energias individuais se concentram e as dimensões do grupo caminham juntas, sem gastos a mais”, ressalva.

Tonelli explica que O “7 Estrelo” é um exemplo de como esse olhar pode ser um acelerador para o setor musical. “Fizemos parte da turma de 2014 do curso Nosso Negócio é Música do Sebrae MG. A partir disso tivemos a oportunidade de realizar uma turnê mundial, na qual conseguimos contatos que podem ser trabalhados seriamente durante anos. Isso contribui para a expansão da música mineira para o mundo e consequentemente desperta interesse de profissionais da área em nosso próprio país”, observa. 
 O musico ressalta ainda que ter a música como negócio é fundamental para que o artista desenvolva carreira independente e tenha a oportunidade de fazer da paixão pela música uma forma de sustento para a vida. “Afinal, o nosso negócio é música”, conclui.
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