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MINAS GERAIS GANHA PRIMEIRO ROBÔ PARA REALIZAÇÃO DE CIRURGIAS MÉDICAS
 
“Da Vinci” é fruto de investimento de R$ 10 milhões da Fundação Educacional Lucas Machado e promete revolucionar procedimentos na capital
 
 Cirurgias realizadas por robôs já são uma realidade em várias partes do mundo. No Brasil, Minas Gerais acaba de entrar para o seleto grupo de estados que contam com essa tecnologia que vem revolucionando os procedimentos cirúrgicos. O Instituto Robótica Ciências Médicas acaba de trazer para Belo Horizonte o “Da Vinci”, primeiro robô para uso médico que pode ser utilizado em operações abdominais, torácicas e cervicais, incluindo retirada da vesícula, miomectomias, histerectomias, câncer no colo do útero e no endométrio, bariátrica, entre outros. O investimento para a aquisição do equipamento foi de R$ 10 milhões, financiado pela Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma), mantenedora do Instituto Robótica.
O diretor geral do Instituto, José Rafael Guerra Pinto Coelho, pontua que a chegada do “Da Vinci”, modelo fabricado nos Estados Unidos, é uma conquista. “Além de Minas, somente São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Sul contam com essa tecnologia. Somos pioneiros nesse tipo de cirurgia e isso é fruto de um projeto iniciado há três anos e que irá beneficiar a população”.

Os benefícios dos procedimentos realizados pelo robô são diversos. As cirurgias são menos invasivas, diminuindo os riscos de hemorragia e outras complicações; os movimentos também são mais precisos, já que o equipamento gera imagens de alta definição e em 3D, podendo ser aumentadas em até 12 vezes; e os tempos de internação, da operação e da recuperação do paciente são bem menores do que nas intervenções tradicionais. “A primeira cirurgia feita pelo ‘Da Vinci’ foi há poucos dias, para a retirada de uma próstata. Todos esses pontos positivos foram observados no processo como um todo e o paciente recebeu alta em 20 horas – antes o prazo seria de 3 dias”, ressalta o diretor técnico, José Eduardo Távora.

O diretor explica o funcionamento da máquina, que é composta por três componentes e exige a participação de três cirurgiões e uma equipe multidisciplinar no preparo do equipamento e do paciente. “O ‘Da Vinci’ possui um console de onde o médico controla os quatro braços do instrumento, o robô em si, acoplado ao paciente; e a unidade de imagem 3D, que garante melhor visibilidade. O sistema reproduz todas as características de uma operação aberta convencional”, reforça Távora.
O Instituto Robótica Ciências Médicas prevê realizar mais 15 cirurgias com o “Da Vinci” até dezembro deste ano. Por enquanto, os procedimentos são realizados somente pela rede particular, mas as negociações da entidade com diversos planos de saúde já estão avançadas e os convênios devem ser fechados pelos próximos meses.
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