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Perda óssea dentária pode causar perda total de dentes
 
Comumente associada a uma doença gengival, a perda óssea dentária pode causar perda total dos dentes em mais de 40% da população acima dos 60 anos
 
Um sorriso saudável é o cartão de visita de qualquer pessoa. Entretanto, conseguir manter a saúde e a beleza dos dentes requer disciplina e cuidados diários. Além da cárie, outro grave problema que pode comprometer a harmonia do sorriso é a perda óssea. Desconhecida entre grande parte da população, a perda óssea é caracterizada pela diminuição dos ossos que sustentam os dentes fazendo com que eles fiquem abalados em sua base, causando mobilidade e até perda de dentes.
A perda óssea é frequentemente associada a um problema grave de gengiva e tecido ósseo circunvizinho chamado doença periodontal ou periodontite. Esta doença é causada por motivos diversos: falta de higiene, predisposição genética ou traumas locais. Todavia, a má oclusão, o bruxismo e doenças de ordem sistêmica, como osteoporose e diabetes também podem contribuir para a perda óssea. “A falta de higiene adequada é um dos maiores causadores da periodontite e, consequentemente, da perda óssea”, afirma Dr. Paulo Coelho Andrade, implantodontista e especialista em odontologia estética.
De acordo com o profissional, a má escovação e o não uso do fio dental geram acúmulo de placa bacteriana que, com o tempo, se mineraliza, formando o tártaro. Atrelados, placa e tártaro vão destruindo o tecido gengival e acumulando bactérias nocivas à saúde bucal que acabam “corroendo” o osso de sustentação dos dentes e caracterizando a perda óssea. “A longo prazo, se no problema não é tratado, a estrutura óssea fica comprometida, causando mobilidade dentária e consequente perda de dentes”.
A maior incidência é entre adultos acima dos 40 anos. Entretanto, jovens com predisposição genética à doença periodontal também podem ser acometidos pelo problema. Manutenção diária e frequentes visitas ao dentista podem prevenir o problema. No caso de perda de dentes, o ideal é fazer reabilitações orais por meio de próteses ou implantes dentários. Em ocorrências mais graves, com perda óssea significativa, cirurgias de enxerto ósseo podem ser realizadas seguidas pela colocação de implantes.
 
Problemas gengivais tendem a aumentar com a idade
Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, os problemas gengivais tendem a aumentar com a idade. O percentual de indivíduos que possui algum problema periodontal entre idosos de 65 a 74 anos é de 98,2%. Já entre adultos de 35 a 44 anos, chega a 83%. Entre jovens de 15 a 19 anos, o percentual é de 49% e, já aos 12 anos, cerca de 32% já possui algum problema na gengiva. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em 2013, quase 42% da população acima dos 60 anos já perderam todos os dentes.
 
Paulo Coelho Andrade
Mestre em Implantodontia pelo Centro de Pesquisas Odontológicas de Campinas e especialista em Implantodontia pela Associação Brasileira de Odontologia, ambos os títulos reconhecidos pelos Conselhos Estadual e Federal de Odontologia, já realizou mais de 50.000 implantes e 20 anos em implantodontia. Autor de vários artigos científicos, publicados dentro e fora do país, também é pós-graduado em Fixação Zigomática, Periodontia, Cirurgias Avançadas, Sedação e Odontologia Estética.
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