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Saúde > USO DA PÍLULA ANTICONCEPCIONAL
USO DA PÍLULA ANTICONCEPCIONAL AINDA GERA MITOS COMO ENGORDAR OU EMAGRECER
 
Mais de 11 milhões de brasileiras usam método; internet e consumo sem prescrição médica potencializam proliferação de inverdades
 
Mais de 11 milhões de brasileiras usam a pílula anticoncepcional, conforme a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), e parte delas ainda convive com muitas dúvidas, como o fato de manter o hábito para também engordar ou emagrecer. A pílula chegou ao mercado em 1960 e foi considerada uma importante evolução na prevenção da gravidez e na libertação sexual, principalmente feminina. O mercado conta com diversas versões do produto, variando em composição hormonal, dosagens, posologias e efeitos no organismo.    

O ginecologista e professor da UFMG Agnaldo Lopes da Silva Filho explica que os efeitos colaterais das pílulas mudam conforme cada tipo. “É comum ver mulheres se queixarem de dor de cabeça, enjoos, náuseas e inchaços. Geralmente esses sintomas ocorrem no período de adaptação aos hormônios e tendem a diminuir com o tempo”, afirma.

O médico alerta que é preciso entender que a pílula não deve ser usada com outra finalidade, como engordar ou emagrecer. “O aumento de peso, se ocorrer, pode estar associado à retenção de líquidos em alguns casos. A associação hormonal da fórmula também pode ser eficiente em não ganhar peso, entretanto emagrecer não é um processo característico para este uso”, reforça Filho. Ele ainda pontua que alguns dos hormônios contribuem para acelerar o metabolismo feminino e isso pode, até, causar uma sensação de organismos funcionando melhor, mas não de emagrecimento.

Caso uma mulher emagreça usando a pílula, é sinal que algo está errado e deve ser investigado, já que perder peso é um processo que, salvo exceções, necessita de esforço, excelente alimentação e atividade física. O consumo deve ser devidamente acompanhado por um profissional, lembra o ginecologista. “Usar um anticoncepcional por conta própria e de maneira indiscriminada é uma atitude arriscada. Quando a mulher procura um médico, passa por uma consulta de avaliação de características pessoais, histórico familiar para, somente assim, se chegar a uma conclusão sobre o método contraceptivo mais indicado”, completa Filho.
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