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SÍNDROME DO PENSAMENTO ACELERADO É GRANDE VILÃ DA MODERNIDADE
 
Excesso de informação altera ritmo de elaboração do pensamento, saturando cérebro e desencadeando transtornos de ansiedade
 
Irritabilidade, déficit de memória e dificuldade de concentração são sintomas de uma síndrome silenciosa e cada vez mais recorrente: SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado). É um problema decorrente do excesso de informação e vinculado aos transtornos de ansiedade. Os avanços tecnológicos expõem as pessoas aos mais variados tipos de informações em diversos meios. Milhares de textos, imagens, vídeos, notícias e novidades sobre o mundo inteiro ficam ao alcance de um clique. Entretanto, o que por um lado é um potencial facilitador, por outro, pode ser entendido como um grande vilão. A facilidade em se conectar provoca a necessidade compulsiva de estar ativo o tempo todo, gerando a sensação multitarefas e gerando a sensação que 24 horas é pouco tempo para executar as atividades previstas.
A reversão dessa situação requer mudança na rotina. A definição de prioridades é o primeiro passo para desacelerar a mente. O Head Master Coach da Casa Coaching Christyano Malta explica que quando se faz muitas coisas ao mesmo tempo, divide-se a atenção entre elas, gerando uma carga excessiva de estímulos ao cérebro que não são aproveitadas. Ter uma lista, de acordo com as prioridades e desenvolver uma atividade por vez garante qualidade e excelência na execução. “Engana-se quem acredita que realizar multitarefas é sinônimo de eficiência. Muito pelo contrário. Perde-se mais tempo nessa situação, por ficar pensando no tanto de coisas que se tem para fazer e acaba demorando mais tempo para conseguir se  concentrar” aponta Malta.
 
Malta observa que a meditação pode auxiliar, consideravelmente, no processo de reversão dessa síndrome. “Meditar ajuda na concentração mental, aumenta a estabilidade emocional, a criatividade, a alegria, a intuição, ganhamos mais clareza e paz interior”, afirma. Outra coisa que pode ajudar é diminuir o uso de informações virtuais. Sempre que possível, deve-se preferir o contato físico ao virtual, filtrar as informações, escolhendo só o que, realmente, for relevante para o trabalho. 
A modernidade alterou o ritmo de elaboração do pensamento, impedindo o desenvolvimento das funções da inteligência, como refletir antes de reagir, expor e não impor ideias e colocar-se no lugar do outro, atrapalhando consideravelmente o cotidiano das pessoas, tanto no pessoal, quanto no profissional.
 
Os profissionais das áreas de comunicação e de saúde e os escritores, atuando em uma carga intelectual mais intensa, convivendo, diariamente, com quantidades de estímulos e cobranças muito maior do que realmente podem absorver estão entre as profissões mais afetadas. As informações são absorvidas involuntariamente pelo registro automático da memória no cérebro, transformando a mente em um depósito e tornando as pessoas reféns de um ritmo de vida acelerada.
Usando a mente de maneira correta, respeitando os limites físicos e emocionais, os diversos meios de comunicação a que todos estão expostos podem deixar de serem vilões e se tornarem potenciais facilitadores do cotidiano, principalmente, no aprimoramento da carreira.
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