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Formei, e agora?

Advogados recém-formados podem contar com apoio da CAA-MG para iniciar
a carreira e driblar o desconforto financeiro

A psicóloga Ludmila Nogueira durante um atendimento

O grande dilema de qualquer jovem que acaba de sair da faculdade é sempre o mesmo: formei, e agora? É normal que após a conclusão de alguma graduação os futuros profissionais sintam-se perdidos antes do pontapé inicial que os levará ao caminho da carreira.

No ramo do Direito, a Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais (CAA-MG), é uma incentivadora aos novos profissionais que estão prestes a adentrar o mercado de trabalho. A Instituição oferece diversos programas de apoio que, além de incentivá-los ao ofício, também ofertam materiais, espaços e até mesmo vestimentas.

Um exemplo é o de Raquel Maia Silveira. Formada em advocacia, em julho de 2016, Raquel descobriu a CAA-MG logo que saiu da faculdade e, diferente da maioria, não ficou aflita com o futuro. “Quando formei, me senti amparada pela Caixa e por seus programas. Tive a oportunidade de participar do ‘Vestir com dignidade’, que tem o objetivo de ceder roupas a quem está financeiramente instável”, conta a jovem advogada.

Na ocasião, Raquel recebeu um tipo de voucher válido para uma troca de roupas em uma Alfaiataria do bairro Barro Preto, em Belo Horizonte. Ela foi ao local e realizou a troca, adquirindo peças que podem ser usadas por bastante tempo. Além, disso, a jovem também usufrui de um escritório compartilhado localizado na rua Paracatu, para poder atender seus clientes gratuitamente.

Essa segunda opção é válida para qualquer advogado associado à CAA-MG e pode ser uma mão na roda para aqueles estão numa recessão financeira. “Uso o escritório compartilhado há mais de dois anos. Não tenho meu próprio escritório e nem estabilidade financeira para comprar ou alugar um espaço. Por isso, é uma ótima opção para mim”, explica Raquel.

Além do cunho financeiro, há também programas de acompanhamento com psicólogos voltados para a autoestima e para orientação de carreira. “Eu estava querendo conversar com alguém sobre algumas mudanças na minha vida pessoal que estavam prejudicando o início da minha carreira. Eu vivia me auto sabotando e sentia a necessidade de ajuda profissional. Encontrei na Caixa”, esse é o depoimento da jovem Sandra Maia Silveira.

Assim como Raquel, Sandra também concluiu o curso em julho de 2016 e se sentiu perdida quanto a inserção no mercado de trabalho. A jovem advogada confessa que tinha dificuldades com cronogramas e organização dos afazeres. Então procurou a CAA-MG e recebeu apoio para superar sua insegurança. “A psicóloga me atendeu muito bem. Foi tranquilo para agendar a consulta. Não demorou nem uma semana. Ela fez um quadro de tarefas baseado no meu tempo disponível para que eu pudesse seguir e me organizar. Me ajudou bastante”, comenta.

Dados oficiais apontam que existiam, em 2016, cerca de 1,1 milhões de advogados em atuação no Brasil, sendo que no Estado de Minas Gerais já somam cerca de 79 mil profissionais. Em meio a tantas pessoas atuantes e consolidadas, os recém-formados podem sentir certo desconforto e até mesmo, um medo de seguir em frente. Devido a isso, esses programas da Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais podem colaborar como um fomentador de carreiras.

Essa também é a opinião da psicóloga da CAA-MG, Ludmila Nogueira. Para a especialista, esse tipo de acompanhamento é benéfico para dar a clareza à um jovem perdido quanto ao trabalho. “Colaboramos muito com o autoconhecimento do advogado e da advogada e, dessa forma, criamos um mecanismo que contribui para a identificação profissional e plano de carreira. Isso sem falar de um trabalho de desinibição e comportamento diante de outras pessoas – aptidões que qualquer advogado precisa ter”, é o posicionamento da especialista.

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