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Grupo Galpão apresenta os espetáculos De Tempo Somos e Nós na 46ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança de BH
 
O grupo, que conta com patrocínio master da Cemig, participa da programação em fevereiro e fica em curta temporada no Teatro do Centro Cultural Minas Tênis Clube; Ingressos antecipados à venda no site www.vaaoteatromg.com.br e nos postos Sinparc
 
Atração recorrente na programação da Campanha de Popularização, o Grupo Galpão participa da 46ª edição do evento com dois de seus espetáculos mais recentes. Nos dias 7 e 8 de fevereiro, o grupo apresenta De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão, dirigido por Lydia Del Picchia e Simone Ordones. A montagem reúne 25 canções do repertório do grupo e apresenta textos sobre a passagem do tempo e o processo de criação artística. De 14 a 16 do mesmo mês, o Galpão se apresenta com o espetáculo Nós, dirigido por Marcio Abreu, que debate questões atuais, como violência e intolerância, a partir de uma dimensão política. As apresentações acontecem no Teatro do Centro Cultural Minas Tênis Clube, sextas e sábados, às 21h e no domingo, às 20h. Ingressos antecipados a R$20,00 à venda pelo site www.vaaoteatromg.com.br e nos postos Sinparc. Na bilheteria do teatro, uma hora antes do espetáculo, também haverá venda de ingressos a R$ 42,00 (inteira) e R$ 21,00 (meia).
 
DE TEMPO SOMOS – UM SARAU DO GRUPO GALPÃO
Com direção musical e arranjos de Luiz Rocha, os atores cantam e executam, ao vivo, 25 canções de trabalhos mais antigos como “Corra enquanto é tempo” (1988) e “Álbum de Família” (1990); passando também por “Romeu e Julieta” (1992), “Um Moliére Imaginário” (1997) e “Partido” (1999), chegando até a espetáculos mais recentes como “Tio Vânia” e “Eclipse” (ambos de 2011), além de músicas que surgiram em workshops internos e que chegam a público pela primeira vez. “A cantoria é a celebração do encontro, da festa, da disposição para seguir em frente (apesar de tudo que nos faz pender para o chão!), do espírito libertário e contestador inerente a toda reunião festiva”, explica Lydia Del Picchia.
 
A etimologia da palavra “recordar”, que vem do latim “recordis”, significa passar de novo pelo coração. Segundo Simone Ordones, várias músicas que marcaram o repertório de espetáculos do grupo são revisitadas e recontextualizadas: “o foco desse sarau não é ser nostálgico, mas visar o futuro, o que está por vir; celebrar o que foi feito para apontar possíveis caminhos para o futuro”, explica.
 
A cantoria vem acompanhada de textos, escolhidos por Eduardo Moreira e Lydia Del Picchia, que falam da passagem do tempo e do estado de embriaguez e liberdade que é inerente à criação artística. Reflexões e poemas de Eduardo Galeano, Anton Tchékhov, Olga Knipper, Calderón de la Barca, Charles Baudelaire, Manuel Bandeira, Nelson Rodrigues, Jack Kerouac, Paulo Leminski e José Saramago compõem esse caleidoscópio em que os atores do Galpão compartilham, com o público, suas indagações e vivências artísticas.
 
Sinopse
De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão celebra o encontro da música com o teatro, que se tornou marca registrada do grupo em seus mais de 35 anos de história. Reunindo canções, poesia e festa, o espetáculo apresenta 25 músicas do repertório do grupo – de montagens antigas até trabalhos recentes, incluindo canções de workshops - além de textos sobre a passagem do tempo e o processo de criação artística. Com direção de Lydia Del Picchia e Simone Ordones o sarau lança aos atores o desafio de se reinventarem, em cena e com o público, a quem são dedicadas algumas das canções.
 
Estreia: 2014 | Classificação: livre | Duração: 70 minutos | Gênero: sarau literário musical
 
NÓS
“NÓS somos nós, esse coletivo de quase 40 anos de existência e nós, seres humanos e artistas de teatro para lá dos cinquenta, com suas perplexidades, questões, angústias, algumas esperanças e muitos nós”, explica o ator Eduardo Moreira, sobre o que o público pode esperar do espetáculo, primeira parceria do grupo como diretor Marcio Abreu, que também dirigiu a última montagem do grupo, OUTROS. No palco, Antonio Edson, Beto Franco, Eduardo Moreira, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André e Teuda Bara celebram a vida enquanto preparam a última sopa e debatem, sob um prisma político, questões do mundo contemporâneo – a intolerância, a violência, a diversidade, a convivência com a diferença.
 
Em cena, noções de proximidade e convivência. Proximidade entre ator e espectador, cena e plateia, ator e personagem, ser-social e ser-poético, realidade e ficção. Convivência entre diferenças, onde o outro dá a dimensão da nossa existência. Pontes entre teatro, performance, música e literatura. E, ainda, entre as dimensões do que é privado e o que é público, do que está dentro e do se apresenta fora. “Nós” propõe uma encenação que afirma a convivência com o público, no momento da apresentação, como elemento dramatúrgico, e ao mesmo tempo, sua presença, como ato criativo.
 
Para chegar nesse resultado, tudo começou em 2014, quando Marcio Abreu foi convidado para a direção de “NÓS”. Na época os atores se entregavam a exercícios solo, com o objetivo de contemplar desejos individuais e criar alternativas para um projeto coletivo. O diálogo e o confronto entre o coletivo e os anseios de cada artista se manifestavam de maneira urgente, num grupo de atores com mais de três décadas de convivência artística diária.
 
Nesse contexto, a criação teatral seria um ato de pura incompletude, em que se faz necessário recomeçar sempre, mesmo que não se saiba nem como, nem por quê. “Obstinado como o próprio “fazer teatral”, ofício de que não desistimos nunca e continuamos em frente, mesmo que os tempos pareçam demasiado sombrios. Ato pelo qual esperamos sempre reafirmar que seguimos vivos, ato de reinvenção”, completa, Eduardo Moreira.
 
Sinopse
Enquanto preparam a última sopa, sete pessoas partilham angústias, algumas esperanças e muitos nós. A 23º montagem do Grupo Galpão, dirigida por Marcio Abreu, debate questões atuais, como violência e intolerância, a partir de uma dimensão política. No espetáculo, a plateia é convidada a presenciar situações de opressão e de convívio com a diferença, provocadas pelas relações de proximidade entre artista e espectador, ator e personagem, cena e plateia, público e privado, realidade e ficção. O espetáculo foi gerado a partir de um mergulho radical na experiência do grupo que tem 37 anos de existência.
Estreia: 2016 | Classificação: 16 anos | Duração: 90 minutos | Gênero: teatro contemporâneo
 
GRUPO GALPÃO
Criado em 1982, o Grupo Galpão tem sua origem ligada à tradição do teatro popular e de rua. Há quase 40 anos desenvolve um teatro que alia rigor, pesquisa e busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de comunicação com o público. Formado por atores que trabalham com diferentes diretores convidados - como Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Yara de Novaes e Marcio Abreu (além dos próprios componentes que também já dirigiram espetáculos do Grupo) - o Galpão formou sua linguagem artística a partir desses encontros diversos, criando um teatro que dialoga com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o universal e o regional brasileiro.
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