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Turismo gastronômico


 A gastronomia deixou de ser um atributo secundário na hora de escolher um destino para viajar. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), explorar as comidas típicas de uma determinada região já é o terceiro fator motivador para turistas escolherem suas viagens, ficando à frente de compras, bem-estar e esportes, e atrás apenas de cultura e natureza. No Brasil, essa tendência está em ascensão. Um levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) aponta que o turismo gastronômico movimenta, em média, mais de R$200 bilhões anualmente. Ou seja, cada vez mais cidades estão conquistando visitantes através do paladar, além de seus atrativos turísticos.
 Que tal arrumar as malas e preparar o estômago para imergir na história e cultura de algumas das cidades que utilizam a comida para contar um pouco de quem são. A wemobi, startup de transporte rodoviário com experiência 100% digital, separou alguns destinos que são capazes de fisgar os turistas pela boca e dá dicas de como planejar um roteiro para conhecê-los de forma econômica.
 
Belo Horizonte (MG)
A capital mineira é uma das campeãs quando o assunto é comer bem e dona de uma marca bastante curiosa. De acordo com um levantamento da Prefeitura de Belo Horizonte, o município possui 28 bares por quilômetro quadrado, o que corresponde a uma média de 1 bar para cada 174,5 habitantes, a maior do Brasil. Ou seja, não falta lugar para apreciar o que há de melhor da culinária mineira. Dentre os pratos principais, destaque para o frango com quiabo, o feijão tropeiro e o bife de fígado com jiló. Partindo para a sobremesa, não dá para resistir aos doces de leite e de abóbora. E para o cafezinho da tarde, não pode faltar o pão de queijo, que na verdade vai bem a qualquer hora do dia. Se engana quem pensa que eles ficaram só no tradicional. Atualmente, há opções de pães de queijo recheados com carne, calabresa, frango e até os doces, com direito a morango, chocolate, goiabada e doce de leite. O Mercado Central concentra essas e outras iguarias em um só local. Já para os desbravadores, é fácil encontrar um bar ou restaurante que sirva essas e outras comidas típicas.
 
Maringá (PR)
Maringá é uma das mais jovens cidades do Paraná e a terceira maior em número de habitantes. Sua culinária tem forte influência caipira e de cultura caiçara, destacando-se o famoso barreado, prato típico da região litorânea do estado, que é composto por carne bovina cozida em uma panela de barro, que fica no ponto quando começa a desmanchar, misturado com farinha de mandioca e servido com bananas e demais acompanhamentos. Outro destaque é o porco no tacho, prato originado de forma um pouco improvisada, mas que caiu no gosto dos moradores de Maringá e região. A iguaria é feita com carne suína cozida e depois frita em um fogareiro de alta pressão, utilizando um tacho, e vem acompanhada de mandioca preparada da mesma forma. No entanto, o mais conhecido e consumido na cidade é o ‘Cachorrão de Maringá’, que faz referência ao cachorro-quente, mas que ganhou elementos próprios na cidade. No ‘cachorrão’, o pão utilizado é do tipo francês, e o recheio contém salsicha, presente na formulação original, além de carne bovina moída, queijo, milho, ervilha, batata palha, molho de tomate e maionese. Antes de servir, o lanche é prensado em uma chapa para ficar bem crocante. Atualmente, existem mais de 200 pontos que servem o cachorrão maringaense, sendo impossível passar pela cidade sem ser impactado por essa delícia.
 
Cabo Frio (RJ)
Localizada no litoral do Rio de Janeiro, Cabo Frio tem uma culinária altamente influenciada pela cultura africana, indígena e caiçara. O carro-chefe são os peixes e frutos do mar. Destaque para a casquinha de siri, feita com a carne do crustáceo desfiada, temperada e envolta na farinha de rosca, e outras iguarias, que mesmo não tendo sido originadas na cidade, acabam ganhando um gosto especial graças ao frescor e variedade de seus ingredientes principais, itens que só podem ser encontrados em regiões tão próximas ao mar. Casos da moqueca, de origem baiana e feita com frutos do mar cozidos em molho de dendê, tomate, leite de coco, pimentão, entre outros, e o bobó de camarão, criado na região nordeste, e cuja estrela do prato é cozida em um molho composto por leite de coco, cebola, mandioca, tomate e outros. É comum acontecerem na cidade festivais para celebrar algumas iguarias tradicionais, tais como o Festival do Marisco, entre os dias 28 e 30 de julho, o Festival do Torresmo, em agosto, o Festival do Camarão, marcado para outubro, além do Festival de Frutos do Mar, em dezembro.
 
Florianópolis (SC)
Falando em frutos do mar, a capital catarinense é referência quando o assunto é roteiro gastronômico para apreciá-los. Uma curiosidade é que Florianópolis é conhecida como a Capital Nacional da Ostra, sendo a que mais produz a iguaria no país. Sua culinária tem forte influência indígena e europeia, regada a muitos condimentos, como pimentas, cominho e orégano. Como pratos típicos, além das ostras, servidas das mais variadas formas, também se destaca a sequência de camarão, que consiste em uma espécie de rodízio, onde o crustáceo é preparado e servido também em diversos formatos - cozido, frito, empanado, entre outras. O peixe na telha também é bastante procurado na cidade. Assado em uma telha de barro, é servido com arroz e molho. Floripa também é conhecida pela produção artesanal de cerveja, tendo diversas microcervejarias espalhadas ao longo de seus 675 km². Dentre os festivais, não podia faltar o Festival das Ostras, a Fenaostra, cuja 20ª edição já tem data para acontecer: a partir de 5 de setembro. Neste mês de maio, começou a safra da tainha, um dos peixes mais apreciados na cidade, e costumeiramente são realizados eventos, tendo o fruto do mar como o principal destaque da festa.
  
Franca (SP)
Conhecida como a Capital Nacional do Calçado, sua economia é bastante focada na indústria, especialmente do segmento coureiro-calçadista. Com um turismo gastronômico em ascensão, Franca tem sua culinária influenciada pela cultura mineira e caipira. Um de seus pratos típicos é de autoria de um mineiro conhecido no Brasil e no mundo, ex-presidente Juscelino Kubitschek, que em uma viagem à cidade, pediu para que cozinhassem um prato com um filé mignon bovino grande empanado, recheado com presunto e queijo, acompanhado de arroz com açafrão e ervilhas, palmito, bananas e batatas fritas cobertas por queijo muçarela. Assim foi criado o ‘Filé à JK’, servido nos mais diversos restaurantes do município. A influência mineira na região segue com o famoso frango com quiabo e o feijão tropeiro, muito apreciados por lá também. O virado à paulista também tem muito espaço na mesa dos francanos. Ao longo do ano, ocorrem diversos eventos ligados à gastronomia da região. Neste sábado, dia 13 de maio, por exemplo, acontece o 3º Festival da Cerveja Artesanal de Franca. Durante o ano, a cidade também abre espaço para festivais aos amantes do churrasco e realiza ações em parceria com restaurantes, como o Fest Bar e o Sabores da Franca, ainda sem datas para acontecer este ano.
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